Evento contou com palestra e dinâmicas e reuniu 35 participantes, entre profissionais que atuam na assistência à saúde e também nas áreas administrativa e de apoio
Quando se fala em segurança do paciente, muitos podem pensar que se trata de algo restrito a cirurgias de grande porte e complexidade, ou a atendimentos de urgência e emergência, por exemplo. Mas a segurança do paciente abrange muito mais do que isso, desde processos de trabalho mais simples e rotineiros no serviço de saúde até os mais complexos procedimentos cirúrgicos.
Em setembro, mês internacionalmente dedicado ao assunto, foi realizado no Hospital das Clínicas de Bauru o 1º Workshop do Núcleo de Segurança do Paciente, reunindo 35 participantes, entre profissionais que atuam na assistência à saúde e também nas áreas administrativa e de apoio.
O evento teve como convidada a psicóloga Érika Milena Godoi, supervisora de RH do Hospital de Base de Bauru, que ministrou a palestra “Comunicação efetiva – Comunicação assertiva para a segurança do paciente”. O workshop contou ainda com dinâmicas de grupo.
“A comunicação efetiva está entre as seis metas internacionais de segurança do paciente e impacta nas demais metas. Um paciente não é bem identificado se não há uma boa comunicação; uma cirurgia não é segura se a equipe não se comunicar bem; há maior risco de administração equivocada de medicamento, de queda e de lesão por pressão e de infecção hospitalar porque não se higieniza adequadamente as mãos se não houver uma comunicação efetiva dentro do serviço”, exemplifica o médico infectologista Edson Carvalho de Melo, presidente do Núcleo de Segurança do Paciente do HC Bauru.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), um em cada dez pacientes hospitalizados é vítima de erros e eventos adversos relacionados à assistência à saúde. Estudos apontam que falhas no trabalho em equipe e na comunicação entre os profissionais de saúde têm sido um dos principais fatores que contribuem para os erros e eventos adversos e para o comprometimento da qualidade dos cuidados.
“A segurança do paciente permeia toda a assistência, desde o momento em que ele entra no hospital até o momento que sai de alta. Envolve não só os profissionais de saúde, mas também o autocuidado do paciente e o cuidado familiar. O ensinar o paciente a se cuidar e o ensinar a família a cuidar do seu paciente também precisam ser considerados. Precisamos trabalhar em todas essas vertentes para melhorar de fato a segurança do paciente e, consequentemente, também a segurança do profissional”, ressalta Edson.
Veja o álbum de fotos do 1º Workshop do Núcleo de Segurança do Paciente em: https://photos.app.goo.gl/V3d1h937yj6RBNky9.
Saiba mais:
– Dia Mundial da Segurança do Paciente (17/09).
– Metas Internacionais de Segurança do Paciente1:
1. Identificar os pacientes corretamente;
2. Melhorar a comunicação efetiva;
3. Melhorar a segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos;
4. Assegurar cirurgias com local de intervenção, procedimento e paciente corretos;
5. Higienizar as mãos e reduzir o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde;
6. Reduzir o risco de quedas e lesões por pressão.
1Desenvolvidas pela Joint Commission International (JCI) em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
(Fotos: Tiago Rodella/HC Bauru)